Disfunção da Articulação Tempomandibular (ATM) – O que é e como tratar

Muitas pessoas sofrem com dores persistentes ao mastigar, enxaqueca, dor na nuca, no pescoço e até mesmo dor nas costas. Você sabia que esses sintomas podem estar ligados à patologia da ATM?

 

A ATM é uma articulação sinovial diartrodial, com liberdade de movimento ditada pelos músculos e limitada pelos ligamentos. É composta por 4 superfícies: a face do osso temporal, e a superior e inferior do disco articular do côndilo.

 

A patologia da ATM é denominada DTM (disfunção temporomandibular) e pode ocorrer devido a hiperfunção, parafunção ou alterações degenerativas. Pode ser não articular (muscular) ou articular (inflamatória ou não inflamatória, desordem de crescimento).

 

As desordens não articulares podem ser causadas por trauma, má oclusão, sobrecarga da ATM, artrites e fatores psicológicos. Causam dor e redução da movimentação mandibular. Hábitos parafuncionais (roer unha, morder a caneta, etc.) contribuem para isso. Nesses casos, o tratamento é feito com ajuste oclusal, aparelhos, AINEs (anti-inflamatórios não esteroidais), relaxantes musculares e fisioterapia.

 

Já as desordens articulares não inflamatórias são geralmente idiopáticas e podem ser secundárias a trauma, infecção, cirurgia prévia ou danos na cartilagem, resultando em deslocamento e/ou perfuração do disco. O deslocamento do disco é categorizado usando o sistema de estágio de Wilkes, sendo eles:

 

Estágio I: deslocamento redutor do disco precoce

Estágio II: deslocamento redutor do disco tardio

Estágio III: deslocamento não redutor do disco agudo/subagudo

Estágio IV: deslocamento não redutor do disco crônico

Estágio V: deslocamento não redutor do disco crônico com osteoartrite

 

O tratamento da DTM pode ser não cirúrgico ou cirúrgico. No tratamento não cirúrgico, o objetivo primário é aliviar a dor e/ou disfunção para melhorar a qualidade de vida. O paciente também é orientado a modificar seus hábitos, limitar a função mandibular e evitar estresse. A farmacologia pode não curar, mas alivia os sintomas e diminui o estresse. A fisioterapia utiliza exercícios mandibulares, ultrassonografia, TENS e acupuntura.

 

Os aparelhos oclusais promovem o contato dos dentes na placa, diminuindo a carga sobre a ATM e reduzindo a atividade neuromuscular reflexa. Quando os sintomas persistem após 3 a 6 meses de terapia não cirúrgica, pode-se considerar alternativas como a cirurgia.

 

No tratamento cirúrgico, podem ser identificadas 3 diferentes situações clínicas:

 

Distúrbio funcional (quando a queixa principal é função e não dor): normalmente demonstra deslocamento com redução.

 

Condição de travamento: limitação ao movimento devido a distúrbios intra-articulares. O paciente se queixa de disfunção e esforço para abrir a boca.

 

Condição de desarranjo interno: deslocamento do disco que reduz na abertura e apresenta dor pré-auricular persistente apesar da terapia não invasiva.

 

O mais importante em qualquer caso é buscar uma consulta inicial para que um diagnóstico correto possa ser feito e iniciar o tratamento. Na Leviss Odontologia, contamos com diversos especialistas prontos para atendê-lo e proporcionar alívio para sua dor.

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